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Uma das alterações mais significativas dos modelos de Comunicação e Informação deste início de Século XXI que se repercutiram de forma clara e substantiva no processo educativo, foi a do uso mais ou menos indiscriminado da Internet.
O aumento quase exponencial da velocidade de transmissão de dados através das redes de comunicação com a omnipresença da Internet num contexto global e, por arrastamento, educacional, alterou de forma radical o conceito de acessibilidade à educação, dando corpo à ideia peregrina de Albert Eisntein de que "A aprendizagem não é um produto da escolaridade, mas da tentativa ao longo da vida para adquiri-la." Com efeito, todos aqueles que desejam aprender possuem hoje uma panóplia de instrumentos, recursos e modelos, acedíveis à distância de um "clique". Só para referir alguns elementos marcantes, desde 2001 que o MIT possui cursos livres disponíveis na internet. Berkeley seguiu o exemplo e tem hoje uma das maiores coleções de palestras presenciais gravadas do mundo, tendo sido já realizados mais de 120 milhões de downloads. Yale e Stanford fizeram o mesmo, e até mesmo Harvard lhe seguiu o exemplo, bem como a maioria das Universidades por esse mundo fora. Nas escolas do ensino não superior, proliferam as plataformas de interação e conteúdos (em Portugal a mais comum é a plataforma MOODLE), usando recursos livres ou disponibilizados pelas estruturas educacionais. Os cursos on-line são hoje uma realidade, discutível por vezes, é certo, mas presente na sociedade e acedível por qualquer cidadão. Todo este ambiente digital que envolve a sociedade, com relevo para as redes sociais e para os modelos digitais de comunicação de informação em contexto educativo, transformaram os processos de aprendizagem e aportaram aos sistemas educacionais um acréscimo de questões significativas sobre as quais importa refletir. Qual a fiabilidade da informação científica disponibilizada na Web? Como podemos aferir do valor e rigor dos recursos digitais ligados à Ciência? Qual o peso efetivo que a Internet tem na aprendizagem dos alunos? Até que ponto a utilização do digital evita ou potencia as conceções alternativas? De que modo se alterou (ou não) a didática da experimentação? A modelação e simulação computacional permitem, ou não, uma visão mais perfeita da realidade? Estas e outras questões que com estas se prendem, são o suporte concetual que levaram à organização do I ENCONTRO INTERNACIONAL DA CASA DAS CIÊNCIAS, subordinado ao tema organizador: O recurso a individualidades com experiência nesta área em Portugal, e noutros países, para Lições Temáticas, realização de Workshops centrados sobretudo na prática educacional, bem como a apresentação de comunicações e posters partilhados por todos os interessados, dão corpo a esta iniciativa, que nos parece ser de relevância significativa como complemento de formação para os docentes em Ciência de todos os níveis de Ensino em Portugal.
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